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... os milhões de euros que o Estado poupou quando há três anos cancelou abruptamente os Contratos de Associação que tinha com muitas escolas privadas do país? Essa fortuna pesadíssima para o erário público foi aplicada na escola pública? De que forma? Por acaso os professores estão mais satisfeitos porque passaram a ter melhores condições para exercer a sua profissão? Viram os seus vencimentos serem francamente aumentados? Há mais pessoal não docente contratado de forma a que se veja uma clara e inequívoca melhoria no funcionamento das escolas? A qualidade e quantidade da comida servida nas cantinas dessas escolas melhorou substancialmente? As próprias instalações são as mais adequadas para o conforto dos milhares de crianças e jovens que frequentam a escola pública? Há mais e melhor oferta de projetos educativos diferenciados e motivadores tanto para os alunos, como para o pessoal docente?
A partir do próximo ano, o meu filho não vai mais poder frequentar a escola que eu escolhi precisamente por reunir todas as condições descritas acima, era uma escola privada que vai ter que fechar portas por já não conseguir viabilidade financeira para continuar. Paguei todas as propinas que me foram apresentadas, sabe Deus com que esforço, porque infelizmente estou muito longe de ser abastada, sou uma simples remediada e tive que cortar em muita coisa para poder permitir que o meu filho tivesse uma formação com qualidade, dei como prioridade esse investimento no meu principal e mais importante projeto de vida. Todavia, o mesmo esforço não foi priorizado pelas tantas famílias que tinham os seus filhos naquela escola antes da malograda decisão do governo, dos mais de 800 alunos inscritos, a escola passou a contar apenas com 200, com tendência a decrescer. Assim não dá. Por mais que eu e as restantes famílias resistentes estivéssemos dispostos a pagar.
E dizem-me vocês, mas Quarentona, os nossos impostos não devem servir para pagar escolas privadas. Primeiro que tudo, eu também pago impostos e não deixo de os pagar se inscrever o meu filho no ensino privado. Depois, com o financiamento público de algumas dessas escolas, abria-se a possibilidade das famílias mais carenciadas da zona de atuação terem acesso a um ensino de qualidade, assim vão ter que se sujeitar ao que o Estado tem para oferecer que, como todos sabemos, deixa muito a desejar. Não é afinal o desejo do Estado proporcionar um ensino de qualidade a toda a gente?
Mas se era assim tão importante para o país o corte deste tipo de financiamento, o Estado deveria, pelo menos, ter dado a oportunidade àquela escola de se reorganizar, reduzindo o gradualmente o valor entregue por ano e, ao mesmo tempo, fiscalizando a forma como esse dinheiro era gasto pela escola. O corte abrupto não permitiu à escola se preparar convenientemente para atrair mais alunos, uma escola que apesar de ser de excelente qualidade, sem par na cidade, fica fora do maior aglomerado habitacional, numa zona parcamente servida de transportes públicos e cujos os habitantes são, na sua maioria, gente com pouca capacidade financeira para suportar o custo das propinas. Ora, havendo no centro da cidade outras escolas privadas, por uma questão de comodidade, é óbvio que quem tem poder económico opta pela hipótese que lhe é mais confortável, afinal não é o que qualquer um na mesma circunstância faria?
Estou neste momento, no início de agosto, a viver a angústia de ainda não ter a mais pálida ideia sobre qual a escola onde o meu filho vai estudar. Simplesmente não há vagas nas escolas públicas da cidade para receber os alunos que ficaram sem escola. Não posso encomendar os livros, não posso programar a minha vida profissional para o próximo ano letivo, dado que estou muitas vezes em serviço fora da cidade, de forma a poder dar o apoio necessário ao meu filho, ele não poderá ser totalmente autónomo, uma vez que a minha zona de residência não é servida de transportes públicos, enfim, e aqui estou eu a ver o tempo a passar... O Estado que foi tão célere a cortar as verbas entregues à Instituição que lhe dava 15 a 0 no que toca à forma de ensino, de formação cívica e organização administrativa, está a ser de uma lentidão a toda a prova na apresentação de uma solução para o meu filho e para todos os outros miúdos que perderam a sua escola de um ano para o outro...
Merda para isto tudo!
... não vos vou maçar com as minhas agruras de segunda-feira, vou apenas fazer um pequenino resumo da magnífica semana passada. Depois de um início a resolver berbicachos empolgantemente desafiantes, fui conhecer o meu novo poiso lá da chafarica-mor mais a sul, um pequeno openspace acolhedor onde a minha secretária é a mais exposta aos olhares carinhosos das colegas mais simpáticas e com uma maravilhosa vista diretamente para a secretária da colega "mais querida", por fim, acabei a ver o meu clube em mais uma prestação que me encheu de alegria e seguiu-se um fim de semana cheio de chuva e frio que eu tanto adoro!
O que mais posso dizer? É tudo muito lindo, é tudo muito bom, tudo mesmo maravilhoso, até porque como vocês sabem...
... que a mudança é salutar e que mudar é sempre preciso, devia vir trabalhar para a chafarica-mor por um período não inferior a um ano, só para ver o que é bom para a tosse! Ainda não fez um ano que tive que encaixotar as minhas tralhas e já fui na sexta-feira informada que vou ter que encaixotá-las novamente... estou farta disto, estou cansada de tanta mudança, gostava de ter alguma estabilidade para fazer o meu trabalho, saber o que posso contar... é impressionante que ninguém no centro de controlo daquela coisa não consiga ver isso! Não é possível fazer um bom trabalho dentro de uma máquina de lavar roupa em modo de centrifugação a tempo inteiro! A única mudança que relevo como positiva é a do papel higiénico, muito mais suave agora, mas também é o que os nossos rabinhos torturados naquela chafarica já mereciam...
... altura em que a Quarentona tem que olhar mais por si e fazer algo que já devia ter feito há muito... estou a falar de uns quilinhos que andam aqui a mais! 2.ª feira entro, oficialmente, de dieta! Acabaram-se os geladinhos, bolinhos, docinhos, cervejolas e grandes vinhaços, petiscos e tudo o que fazia as minhas papilas gustativas bater palminhas de alegria! Vou ser dada a conhecer às sementes de chia, stevia, fiambres de perú e frango, pão integral e todas as paneleirices que fazem parte desse saudável, mas totalmente salobro, mundo das dietas... por isso e antecipadamente peço já desculpa pelo mais que provável mau feito que se avizinha... sinto que vou tirar o torresmo da entremeada...
... GPS! Quem me conhece pessoalmente sabe que sou péssima em orientação, deixem-me no meio do nada, sem dinheiro e sem telefone e juro que nunca mais me vêem... com a mudança do Sapo, estou completamente desorientada!!! Não faltam aqui uns quantos botões?! Ai a minha vida...