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... Quarentona, como foi o concerto? F-A-B-U-L-O-S-O! Cheguei ao recinto seriam umas 18 horas, dei uma volta para reconhecimento do terreno, localizar as casas de banho e sobretudo ver onde ficava o palco onde iria atuar a razão de eu estar ali. Já estive no NosAlive e no Super Bock Super Rock e posso vos garantir que o recinto do Primavera Sound dá quinze a zero a qualquer um dos dois. Tal como já previa, não parou de chover um minuto sequer e quando começou o concerto do Cave, já eu estava ensopadinha até aos ossos, mas mal o fantástico Nick começou a dar espetáculo, senti que valeu muito a pena cada gota de chuva que me caiu pelo corpitxo abaixo! Foi tudo perfeito, a sua pontualidade, o som, as luzes, a interação com o público e a sua enorme presença a transbordar para fora do palco e a inundar de encantamento o mar de gente que aguentou firme o dilúvio que tornou a noite ainda mais mística e memorável. Enfim, valeu bem a pena o risco de contrair uma valente pneumonia.
... moram os bilhetes para o dia 9 de Junho do Primavera Sound no Porto. Foi um parto difícil, mas já está! Um minuto de silêncio para a organização do evento, se faz favor. É preciso ter uma mente muito brilhante para ter a magnífica ideia de divulgar o cartaz do festival e só mais de um mês depois é que informam em que dias é que atuam os artistas, assim só naquela de manter o pessoal todo agarrado e a não pensar em mais nada senão na merda do festival. Perdi a conta às vezes que acedi ao site para ver se já havia fumo branco e já me estava a imaginar a acampar à porta da FNAC para ser das primeiras a garantir o bilhete para aquele dia com medo que esgotasse. Queriam matar-me de ansiedade para assim não comparecer ao evento depois de já terem o dinheinho do voucher de um dia, que comprei antes do Natal, no bolso, não era?!
... Quarentona, o que também te apraz dizer sobre as musiquetas do Festival da Canção? Então, sobre a 1.ª semifinal, esqueçam! A única canção que ainda me fez voltar a ouvir para ter a certeza de que lhe conseguia extrair alguma coisa, foi a da Catarina Miranda, a que se apresentou embrulhada em tule, talvez porque aprecio muito o seu trabalho enquanto Emmy Curl. Ora, o leve encantamento passou assim que vi a 2.ª semifinal. Fiquei com a sensação que guardaram o melhor para o fim, achei que, no geral, qualquer um destes últimos temas bate aos pontos os temas da 1.ª semifinal. No entanto, estou muito dividida entre estas três músicas:
Gosto muito da Isaura, das suas músicas e da sua voz, que “casou” lindamente com a voz da Pascoal, miúda que me cativou logo no seu primeiro casting do programa “Ídolos” quando se apresentou com o seu ukulele e a sua divertida descontração. O tema em si é muito ao estilo da Isaura e bastante emotivo, foi composto em homenagem à sua avó, não que eu seja dessas mariquices, mas adoraria que um dia uma neta minha me homenageasse daquela maneira.
Confesso que fiquei feliz com a desistência do Diogo Piçarra, é que para além de não achar piadinha nenhuma àquela música (convenhamos, se a IURD achou que era bonita para os seus rituais exorcistas e de extorsão de dinheiro a totós...), a sua saída do concurso fez com que uma das minhas preferidas tivesse sido qualificada para a final. Gosto tanto porque me faz lembrar a musicalidade de Rodrigo Leão nos tempos áureos dos Madredeus, até a voz da Susana é muito parecida com a da Teresa Salgueiro, não sei se foi de propósito ou não, só sei que não merecia morrer na praia.
Finalmente, estou absolutamente encantada com esta, é a melodia que fica no ouvido, é o poema arrebatador e a voz que eu desconhecia por completo, acho-a tão diferente e tão marcante. É certo que os manos Sobral deixaram a fasquia demasiado elevada, mas do festival inteiro, é o Voo das Cegonhas que me faz sentir a emoção que o Salvador referiu no seu discurso de vitória.