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... bota que não estou a ver como é que a vou descalçar... desculpem-me a malta "fit", os "runnings" e "animais de ginásio" de toda a espécie, mas o mais próximo que tenho com o desporto resume-se aos jogos do FêCêPiê e da Seleção que vejo invariavelmente sentada, aos jogos de andebol do meu filho em que sou oficial de mesa e logo também me encontro sentada e de pé, só quando vou à Decathlon e afins comprar algo para o rapaz.
Posto isto, dizia-vos eu que sem pensar muito no assunto, ou melhor dizendo, precipitei-me tal como fiz ao lançar-me de uma avioneta a 5 mil metros de altitude, e aceitei o desafio de uma amiga para me inscrever numa corrida... uma corridinha de 10 mil metros que para qualquer "fit" é como limpar o cu a meninos, mas que a mim me está a tirar o sono. Como é que eu me meti nisto é que ainda estou para perceber...
Mas bom, não sou mulher para desistir e uma vez feita a asneira é assumir e lidar. Estou aqui a tentar arranjar uma solução para não passar a vergonha de ser a última a cortar a meta da corrida, já depois dos demais terem tomado banho e estarem a acabar de almoçar. Correr é certinho que não corro, mas consigo andar com uma velocidade razoável, mesmo assim, espero não demorar mais que 3 horas...
Estou a pensar em correr os últimos 100 metros da meta, continuar a correr depois de a passar e só parar em casa, outra hipótese será, a 100 metros da meta tirar o dorsal e disfarçadamente sair do troço e colocar-me junto da assistência a aplaudir e a olhar para longe à espera dos corredores, talvez finja uma lesão, uma bebedeira, ou uma clássica e sempre eficaz dor de cabeça... não sei, mas aceito sugestões.
... como se eu tivesse 5 anos, qué isto?!
Bem... alguém pode dizer àquela malta que é precisamente essa a ideia? Ou será que desceu sobre os populistas almadenses o mesmo espírito que se abateu em tempos sobre a Lili Caneças e agora deu-lhes para a lapalissada? Pronto, pronto, não vale a pena esforçarem-se muito para clarificar isto porque os próprios já explicaram lá no fronhasbook deles...
Porra, realmente bem que podiam fundamentar melhor esta afirmação, é que assim uma pessoa até fica com receio de ir para os copos à noite, sabe-se lá se alguém se lembra de deitar umas gotinhas de eutanásia na bebida?...
... uma gaja com alguma inteligência, não tanta quanto desejaria, mas alguma. No entanto, sou uma sumidade da burrice quando o assunto é orientação. Se alguém quiser ver-se livre de mim, é só levar-me para o centro de uma cidade onde nunca tenha estado, onde ninguém fale qualquer língua que eu entenda, sem dinheiro e sem telemóvel, é certinho que nunca mais encontrarei o caminho para voltar. Ora, na semana passada tive mais uma aventura ao volante em Lisboa e mais uma vez, um trajeto em que deveria demorar pouco mais de 10 minutos, levei quase uma hora... o objetivo era ir de Alcântara até ao Estádio José de Alvalade. Como sou alérgica ao GPS, procuro guiar-me pelas placas de orientação (ajuda imenso o facto de ainda conseguir ver muito bem ao longe) e estudo previamente no Google Maps o melhor trajeto para chegar ao meu destino, ainda que muitas vezes fique a olhar para aquilo como um burro para um palácio. De Alcântara até ao Eixo Norte-Sul foi como limpar o cu a meninos, pronto... confesso, faço esse trajeto todas as semanas para voltar para casa. O pior foi depois, sair do Eixo para ir para Campo Grande foi, de facto uma odisseia, desde perder a saída e sair para Entrecampos, ter ido dar uma volta pelo campus universitário e, sem saber como, retomar o Eixo Norte-Sul, atrás da saída para Campo Grande. Ora lá fui outra vez, desta vez com mais atenção... acertei na saída devida e consegui passar por baixo da 2.ª Circular mesmo em frente ao Estádio, mas o Estádio era apenas um ponto de referência porque não era para lá que eu queria ir... depois de duas voltas inteiras em que quase pude contar os azulejos que decoram o ninho dos verduscos, entrei numa zona residencial onde só ia dar a becos sem saída. O que me valeu é que, apesar da minha desorientação natural, nunca me desnorteei, olhei para o mostrador do combustível e como vi que tinha o suficiente para andar às voltas a noite inteira, não paniquei e ainda cheguei a horas de jantar à casa dos meus amigos que me aguardavam.
... atendendo ao resultado destas autárquicas, preparai-vos para ver o Sócas a concorrer ao lugar de primeiro-ministro. É que, pelos vistos, o presídio já não dá cadastro, dá currículo.
#vemaiodiabo
... vocês, Quarentona, como é? Estás em forma para enfrentar o verão e o bikini de cabeça erguida? Meus caros, esta mania que eu tenho de me atirar, não a tudo o que mexe, mas a tudo o que jaz inerte, fumegante ou não, cheiroso com certeza e deliciosamente apetecível, normalmente em cima de uma mesa e invariavelmente debaixo do meu nariz, dizia eu que essa minha mania tem as suas consequências, de maneiras que neste verão serei uma parente muito próxima desta menina aqui em baixo...
Portanto, podem tirar as vossas ilações...
... noites, achei que ia morrer! A sério! Estava na minha cama e começo a sentir uma ligeira dor no peito que foi aumentando, aumentando, aumentando e às tantas já parecia que o meu esterno estava a ser esmagado! Quase sem ar, estive a pontos de pedir ao Gajo que chamasse o INEM, sentia o coração muito descompassado e pensei mesmo que podia estar à beira de um ataque cardíaco... ao mesmo tempo tinha os pés completamente gelados e por isso resolvi calçar umas meias bem grossas. E perguntam vocês, mas o que é que a dor no peito tem a ver com os pés frios? Descobri que o frio pode provocar perturbações na cabeça e levar a confundir dor de contração muscular com síncopes cardícas, pois mal os chispes aqueceram, o coração serenou e a dor dissipou-se... já vos disse que odeio o inverno?...
... pessoa de me interessar pela vida dos outros e quando, por exemplo, me perguntam se conheço beltrano que anda metido com sicrana, normalmente, nunca sei a quem se referem... "ah, conheces pois. Agora não estás a ver quem é, mas conheces! Foi aquele que fez aquela cena no outro dia!" Eu penso, penso, penso e "eeeerrrr... ah sim, já sei..." (não sei nada, mas para arrepiar caminho digo sempre que sim), depois segue-se o blábláblá que me entra a 100 e sai a 200. Ora, isto até pode ser visto como uma qualidade, mas a verdade é que já me trouxe alguns dissabores. Certo dia, a Catarina alinha numa excursão a Salamanca organizada pela Casa do Pessoal lá da Chafarica, no autocarro vai sentada ao lado do rapazito de 10 anos giro e simpático, filho de um colega, que conheci naquele dia. Depois das perguntas habituais sobre nome, idade, escola e essas merdas, pergunto-lhe pela mãe... o puto que sorria alegremente de repente fecha a cara "não sei..." Catarina, a gaja mais alienada do Universo, nem reparou nos olhares esbugalhados na sua direção e continua "não sabes?! Como se chama a tua mãe?" ele com os olhos pregados no chão "não sei..." por esta altura já tinha praticamente todos os ocupantes do autocarro a tentar fazer-me todo o tipo de sinais para me calar "como assim não sabes?! Toda a gente sabe o nome da mãe! Vá, diz lá!" já as lágrimas assomavam aos olhos do petiz... finalmente, alguém se levantou e veio buscar-me pelo braço para por fim à tortura. Conclusão, se eu fosse mais enxerida, saberia que o puto tinha sido abandonado pela mãe ainda bebé e o meu colega era pai solteiro...
Hoje, o rapazito já é maior de idade e eu espero sinceramente não lhe ter causado nenhum trauma que lhe sirva de motivo para se tornar num assassino em série...
... a mania de expor a minha burrice em tudo quanto é lado. Este fim de semana fui tomar um café com uma amiga, como cheguei primeiro, dirigi-me ao balcão para pedir uma bica, os dois homens que estavam ao meu lado pagaram 1,80€ por aquilo que me pareceu serem dois cafés, como sou uma gaja de letras, fiz a conta mentalmente e cheguei ao magnífico resultado de 0,60€ por café, quantia essa que deixei em cima do balcão após me ter sido servido o café. A minha amiga chegou entretanto e volto ao balcão para pedir mais um café:
"Quanto é?"
"São 0,65€"
"65 cêntimos?! Mas há pouco cobrou 60 cêntimos"
"A senhora deixou-os no balcão e saiu, eu não ia atrás de si por 5 cêntimos"
"Mas eu vi a sua colega a cobrar 1,80€ por dois cafés e assumi que um café fosse sessenta cêntimos"
"Não pode ter sido, se calhar a senhora não a viu a dar o troco..."
"Pronto, cobre-se lá dos 5 cêntimos" dito com a arrogância de quem está a ser roubado descaradamente, mas que não se quer chatear porque é superior a isso, e rica, muito rica...
Só à noite, em casa e após relatar o sucedido ao Gajo em que ele me diz que metade de 1,80€ são 90 cêntimos é que vi a figura de ursa que fiz...
... desorientei-me nas estradas de Lisboa! Sou uma completa analfabeta no que à orientação diz respeito, mais, sou uma analfabeta sem qualquer capacidade de aprendizagem! Só conheço um caminho do trabalho para casa e só uso esse caminho, não há hipótese, precisei de o fazer dezenas de vezes para o decorar e aprender outro levar-me-ia meses para assimilar. Ora, no outro dia ia descansadinha da vida para casa quando a estrada por onde vou estava cortada... pânico total! E agora?! E AGORA?!?!?! Na fração de segundo que tive para decidir o que fazer, surge uma ideia brilhante! Seguir o carro que à minha frente também teve a intenção de virar para a estrada cortada. Colei-me na sua traseira e não o larguei por um segundo, eu não sei por onde andei, virei para a esquerda, para a direita, segui em frente, voltei para trás, sempre no encalço do carro, nem quando ele fazia pisca para a direita e virava à esquerda, ou quando mudava de faixa repentinamente, ou quando acelerava bruscamente, nunca o larguei, nunca! Estava pregada na traseira daquele carro e nada nem ninguém me faria despregar, sentia que ele me ia ajudar a retomar a estrada habitual... até que entra para um género de condomínio fechado... ai, valha-me a Nossa Senhora dos Transportes Públicos... eu, no meio de sei lá o quê, já a transpirar desespero, só queria voltar para casa... liguei para o Gajo (ele é igual a mim, só que ao contrário), não sei quantos kms fiz a mais, mas com a sua ajuda lá consegui retomar o caminho correto. Descobri, com isto, duas coisas: uma alternativa àquela estrada cortada e posso incluir no meu Curriculum que sou perfeita em perseguições automóveis sem infringir uma única regra de trânsito, quem sabe se a PJ não aproveita.
... vocês acham que se eu amarrar o Cabrão do Preto, imobiliza-lo no sofá e por isto a passar em modo repeat na televisão, o gajo vai me deixar fazer-lhe a manicure?...
... Tipo, "Vês, Escarumbinha? Os teus primos não se queixam, até gostam"! Ai... ele não sei, mas as minhas pernas iam adorar...