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... mais me têm feito confusão nesta treta toda do coronavírus, é o facto de as pessoas não se poderem despedir convenientemente dos seus falecidos... atenção que não quero, com isto, dizer que nada mais me toca. Obviamente que toda esta situação traz grandes angústias a toda a gente, sobretudo, ao pessoal que trabalha nos hospitais e que ainda são, a meu ver, a malta que mais sofre com tudo isto, devido à exaustão, ao sentimento de incapacidade, à impossibilidade de estar com as suas famílias e, acima de tudo, ao medo que deve ser gigantesco...
Também me preocupam as pessoas que vêem os seus rendimentos reduzidos e até mesmo os seus empregos em questão, para esses a tormenta vai perdurar mesmo depois do vírus ter sido derrotado.
Mas iniciei por falar dos mortos por um motivo bem egoísta, assumo, porque me traz à lembrança que também eu não pude despedir-me como gostaria dos meus amores, principalmente do meu pai e daquela que, apesar de não partilhar comigo o ADN, partilha tanto do meu ser, aquela cuja a partida ainda não encaixei devidamente. Partiram inesperadamente e acreditem que é um peso no peito horrível que nos acompanha por muito e muito tempo...
... de confinamento, numa saída para ir às compras, liga-me ele "vê lá se temos aí arroz para risotto, está a apetecer-me..."
Mau... será que já está grávido?!
... avisar, a quem tem sentido a minha falta e se tem preocupado comigo, que está tudo bem! Estou uns dias em teletrabalho e outros em deslocação externa munida da devida declaração a autorizar-me a circular na via pública em trabalho, é que ainda não cresceram perninhas aos arquivos para virem ter comigo. Agora é rezar para que os agentes de autoridade que me peçam para mostrar a referida declaração, sejam merecedores da minha abnegação em matéria de saúde pulmonar em prol da economia do país!
Beijinhos para todos e cuidem-se