De Corvo a 07.08.2017 às 19:13
Não é grave e por mim está absolvida.
Desde que à falta de travões não escolha um grupo de crianças, e adultos, para parar o carro. :)))
Se é que me faço entender.
Na auto-estrada não há esse problema, não vejo por lá grupos de pessoas, só railles.
(Por acaso, gostava de ver o que qualquer um de nós faria se estivesse aos comandos daquela aeronave, sempre queria saber quantos de nós seria merecedor da palavra mártir na lápide...)
De Corvo a 08.08.2017 às 09:09
O que qualquer um faria, não sei: o que eu faria sei seguramente.
Entre mártir e assassino não optaria seguramente pela segunda.
Entre as inúmeras coisas que gostaria de possuir, certezas na vida vêm logo a seguir a ganhar o Euromilhões ;))))
De Corvo a 08.08.2017 às 13:13
Cara Catarina. Incertezas só aquelas que a vida nos proporciona. Sobre mim, o que sou, o que fui e aquilo que sempre serei, não tenho nenhumas.
Nunca, mas é que nunca mesmo deveria a minha vida sacrificando inocentes. Aliás, e não é obrigada a acreditar, muitas vezes no meu conturbado passado, coloquei sempre a vida dos outros à frente da minha.
Como já uma vez disse algures, respeitando, ainda que por vezes não concorde, a lei dos homens cinjo-me mais pela de Deus, ou seja, pela minha consciência.
Viver até onde Deus quiser, mas não à custa do sacrifício de inocentes.
Claro que sim, meu querido Corvo. Mas cada um percepciona a vida e a forma como a vive de acordo com as suas experiências, naturalmente que, no seu caso, que viveu por exemplo a guerra do Ultramar, já está habituado a oferecer a vida pelo outros (no caso, a Nação), no meu caso, só daria a vida pelo meu filho que ainda precisa de mim e também por isso teria a dúvida se aterraria com a certeza que sobreviveria ou se amaria na dúvida de lhe poder faltar... obviamente que lamento profundamente as vidas que se perderam, mas ninguém pode condenar o instinto de sobrevivência e questionar os motivos que o acionam, penso eu de quê...
De Corvo a 08.08.2017 às 16:09
Quando o instinto de sobrevivência de um se impõe pela extinção de outros, deixa de o ser e passa a assassínio.
Se de um lado estivesse um vulcão e do outro gente, ainda me mereceria, provavelmente, alguma meditação.
Penso eu ainda mais de quê...:))
Lamento discordar, mas não creio que seja tão linear assim, mas eu não tenho brevet, não sou juíza e muito menos Deus para julgar a decisão do desgraçado que já terá como pena vitalícia o peso da culpa daquelas duas mortes... é que mesmo que calcemos os mesmos sapatos, pelo menos uma vez na vida, nunca saberemos o que terá passado na cabeça de outrem na mesma circunstância e quais os sentimentos que o levaram a decidir de determinada maneira. De qualquer forma, se for efetivamente provado que ele teve nas suas mãos evitar aquelas mortes e não o fez, então que seja julgado e condenado por isso.
Não obstante, é sempre um prazer "esgrimir" opiniões consigo, caríssimo :))))
De Corvo a 08.08.2017 às 19:23
Olhe, Catarina: sabe o que realmente penso?
Que assim como os pilotos dos grandes aviões que transportam gente entre continentes são minuciosamente escrutinados sobre as suas condições mentais, também um simples patego que decide tirar o brevet o deveria ser.
É que a não ser, nunca se sabe o maluco que nos sobrevoa as cabeças.
Penso eu de quê e por quê...
:)))
Sabe qual a semelhança entre os dois? São humanos e logo falíveis. É que se formos por aí, deveríamos exigir atestados psiquiátricos e psicológicos a todos quantos exercem profissões que envolvem riscos para as vidas dos outros, e olhe que são inúmeros, médicos, engenheiros, até um simples barbeiro pode, sem querer, cortar-lhe a jugular.
Além do mais, o que me diz daquele piloto de uma companhia de aviação alemã, salvo erro, que resolveu suicidar-se contra uma montanha e levou consigo tantas dezenas de almas, não fora ele sujeito a esse escrutínio?
E que mal lhe pergunte, não era o instrutor que pilotava a avioneta? Pelo que ouvi nas notícias, já tinha milhares de horas de voo, não ficou patego de um momento para o outro, mas posso estar enganada...
Penso eu de quê e para quê... :))))
De Corvo a 08.08.2017 às 22:30
Ná ná não! Catarina. Esses argumentos para cima do Corvo não pegam.
Ora vamos lá ver.
"São humanos e logo falíveis". Ou por outra: errar é humano.
É humano errar numa situação de, por exemplo:tentar construir ou modificar algo e falhar, tipo Jesus a tentar um Sporting que se veja, ou ainda melhor. Chegar a Catarina ao seu trabalho, deparar-se com resmas de papelada, olhar para todos os lados, não ver ninguém e despachar a coisa para para cima da secretária da sua colega, que por azar dela foi tomar café, mas a Tamanca estava de atalaia e foi denunciá-la ao chefe.
A Catarina errou porque não se lembrou dela e devia ter-se lembrado. Foi um erro humano.
Um barbeiro pode cortar a jugular a um cliente, mas a menos que tenha a certeza de que é esse cliente que lhe desencaminha a periquita, não o faz porque dará má fama à barbearia com a consequente perda de clientes.
O piloto que espatifou o avião contra uma montanha no prosaico intuito de se suicidar, não me vai dizer que não sabe, primeiro que para morrer basta estar vivo, e segundo para endoidar basta estar lúcido.
Além de que, é do conhecimento mundial que a melhor maneira de pôr um gajo maluco são as cenas parvas de uma gaja.
Como vê, tudo rebatido e explicado.
Portanto, havia mar e havia gente. Ele optou pela gente.
Tenha uma excelente noite e quando for à praia, não se esqueça de olhar para cima, permanentemente :)))
Ahahahahahah :D
Nisso tudo, só tenho duas coisas a dizer:
1º - A Catarina nunca despacha papelada para cima da secretária da colega e, se calhar, é esse o erro dela.
2º - Também há mulheres à beira de um ataque de nervos por causa das cenas parvas dos gajos.
Muito boa noite e obrigada pelo conselho, tê-lo-ei sempre em consideração ;))))