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Ilustração - Celia Calle


Tenho um...

11.05.16

... colega que pura e simplesmente não suporto! Felizmente, trabalhamos em departamentos completamente diferentes e as nossas funções não são transversais, mas cruzo-me com ele imensas vezes, vezes demais! Sabem aquele tipo de homem, na casa dos 50/60 anos, completamente inoportuno, sem qualquer tipo de noção, chato comó caraças, enfim, uma criança de infantário num corpo de velho babaca? Ele é assim mas em mau e eu já cheguei ao ponto de me esconder se vejo que os nossos caminhos se vão cruzar, ou volto para trás e, às vezes, apresso o passo para desaparecer o mais rapidamente possível! Uma canseira... ontem não tive hipótese alguma de escapar, lá estava eu, tranquilamente a ganhar coragem para mais umas horas enquanto bebia um café e fumava um cigarrinho a seguir ao almoço, quando a criatura se colocou, de repente e saído sei lá eu de onde, à minha frente - "Então, Catarina? Tudo bem?" - juro que o revirar de olhos foi mais forte do que eu e o estúpido nem topou, continuou com a conversa de chacha e eu tive que tragar num gole o resto do café, apagar o cigarro a meio e fugir apressadamente para dentro do edifício - "sim, sim, claro, claro, pois, pois..." - aaaaarrrrghhh!!!!!

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publicado às 07:29

... desesperado! Por favor, alguém que me ajude a entender a pancada sem tamanho do Escarumba dum Raio, suplico-vos, amantes de gatos, veterinários, domadores de feras, tratadores do zoo, médiuns, espíritas, alguma alminha que saiba explicar o que impele o Cabrão do Preto a fazer esta linda obra de arte no meu presuntinho de Chaves...

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... ele não faz isto aos homens cá da casa, nem à senhora que cá vem fazer as limpezas, nem aos vizinhos, nem às visitas, nem ao senhor da Meo, do gás, da luz e do caralho mais velho, não! É só comigo!!!!! Eh pá, estou a menos de nada de lhe dar um redbull e atirá-lo janela fora!!!!

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publicado às 07:43

... a minha posição em relação ao novo Acordo Ortográfico, enquanto estudante que fui (e que continuo a ser) da Língua Portuguesa não sou contra só porque a maioria é contra e porque parece que está na moda ser-se contra, pelo contrário, procuro inteirar-me de todas as mudanças previstas e tento entender a razão que está por detrás de cada uma. Não posso, no entanto, concordar com todas elas, umas fazem sentido, outras nem por isso, mas continuo a achar que, no geral, o novo AO não é mau, nem desprestigia a História da Língua Portuguesa, mas no particular, precisa de uns acertos. Agora, o que eu realmente gostava era de ver os acérrimos opositores do novo AO a terem a mesma atitude contra o uso cada vez maior de estrangeirismos, com maior expressão no meio empresarial português. Os chefes da chafarica-mor têm uma especial adoração pela introdução de anglicismos nos seus discursos, tal Dâmasos Salcedes, é vê-los a encher a boca de "briefings", "forecastings", "brainstormings", "time lines", "dead lines", "outsourcings" e outras coisas terminadas em "ings" e "áines"... eh pá... isso não é "chic" a valer, isso é irritante a valer!!!!

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O Português que é riquíssimo tem palavras e expressões para tudo isso e um par de botas, qual é a necessidade?!?!

Era uma toalhing molhated nas trombations...

publicado às 07:25

Eu já...

20.11.15

... estive mais de um ano sem dirigir palavra a um colega de faculdade, do qual fui grande amiga, durante o curso!

Apesar de ser dona de uma personalidade forte, não sou daquele tipo de pessoa que por ter essa característica acha que pode disparar tudo o que lhe passa pela cabeça, doa a quem doer. Sou mais de evitar conflitos e quantas vezes fecho a minha matraca só para não me chatear com A ou B ou quando me magoo com algo ou alguém sou do tipo "incha, desincha e passa", inclusivamente, já várias pessoas me disseram que tenho perfil diplomático e que daria uma excelente Ministra dos Negócios Estrangeiros (acho que vou mandar currículo para S. Bento...).

Frequentava a minha licenciatura e tinha especial adoração por um colega de curso, mas nada de paixonetas, ele também tinha uma personalidade que me cativava deveras: inteligente, culto, sarcástico, partilhávamos os mesmos gostos e interesses, humor muito semelhante ao meu, riamos e fazíamos rir a bandeiras despregadas, bastava uma troca de olhares para percebermos imediatamente o que se passava na cabeça um do outro, enfim, uma relação de amizade perfeita!

Numa noite de copos, discordámos numa treta qualquer sem jeito nenhum, começámos a esgrimir argumentos e dali até desatarmos aos berros um com o outro foi uma questão de minutos. Nenhum de nós cedia, entrámos numa de medir forças e assim deixámos de nos falar. O que é caricato nesta situação? É que apesar de não trocarmos palavra, tinhamos exatamente as mesmas rotinas, sempre dentro do grupo de amigos, estudávamos juntos, íamos almoçar juntos, às vezes calhava sentarmo-nos lado a lado na sala de aula, jogávamos à sueca no bar da faculdade (não como equipa mas um contra o outro), saíamos à noite para os mesmos sítios, enfim, tudo igual ao que fazíamos antes da zanga só que ignoravamo-nos mutuamente, como se fossemos invisíveis! Houve até um episódio durante uma noite da Queima das Fitas, em que já muito bem bebidos, eu fazia as minhas palhaçadas habituais e ele agarrado à barriga de tanto rir... enfim, infantilidades...

Passado pouco mais de um ano, enterrámos o machado de guerra. Foi no meu aniversário, combinei com o grupo sair para os copos, contudo obviamente não convidei a criatura. No entanto, ele apareceu no bar onde estávamos com um ramo de flores e, sem pedir desculpas, apenas me desejou um feliz aniversário, beijando-me... pronto, atirei-me para os seus braços e num abraço apertado disse-lhe que também tinha imensas saudades dele, num instante o resto da malta juntou-se ao abraço, e isso... isso foi lindo de se ver!

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publicado às 09:31

É tão raro...

13.11.15

...acho até que nunca aconteceu desta maneira! Mas este ano o espírito natalício desceu mais cedo sobre a Quarentona!

Ai... o fim da crise política, da crise financeira, da crise da Tap, da crise dos refugiados, da crise das carnes processadas, das crises existenciais... enfim, um Natal perfeito!!!!

publicado às 09:19

Eu já...

21.10.15

... assustei um professor universitário, ao ponto de dar dois passos para trás com medo eu lhe fosse ao focinho!

Era professor de uma cadeira semestral do meu curso de pós-graduação, e em fevereiro consegui tirar 2 horinhas do meu Serviço para ir assistir à sua última aula antes do exame final. Galo do caraças, não consegui chegar a tempo e quando bati na porta para entrar, já a aula ía a velocidade cruzeiro. Como nunca me tinha visto na vida, perguntou se eu não estaria enganada, ao que respondi que não. Mandou-me entrar e sentar junto de alguém que tivesse o seu manual, uma vez que eu não o possuía... a dada altura perguntou se era a primeira vez que eu assistia a uma aula dele, a minha resposta pronta com a minha habitual descontração e estupidez natural: "Sim, é a primeira e a última!", por esta altura já toda a turma se esforçava para abafar o riso... "Então o que vem cá fazer?" perguntou, "Venho assistir à última aula antes do exame, onde normalmente se tiram dúvidas...", "vai a exame?", "sim, vou!", do alto do seu catedratismo, olhou-me de cima a baixo e disse "Pode ir a exame, duvido é que passe!"

E assim foi, presenteou-me com um redondíssimo 6! Eu tinha a perfeita noção que o que eu tinha feito no exame estava muito longe do 6, falei com a minha chefe e pedi-lhe que me deixasse ir falar com ele naquela tarde. Estava a fazer orais, sentei-me à porta da sala e esperei que o último examinado saísse para entrar de rompante pela sala adentro... bem... o homem olhou para mim, deu dois passos atrás e gaguejou:

"O que vem cá fazer? Tem oral?"

"O senhor sabe perfeitamente que 6 não é nota para ser defendida na oral! Venho ver a minha prova, se faz favor!"

"Aaaahhh... não pode!"

"Como assim, não posso?"

"Está nos estatutos..."

"Olhe, eu não vou discutir isso consigo, até porque desconheço os estatutos, mas venho dizer-lhe que vou candidatar-me ao exame de setembro, e quero que me dê o seu contacto para que possa tirar algumas dúvidas antes do exame!"

E em setembro, por obra e graça do Espírito Santo talvez, apareceu a nota 15 na pauta!

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publicado às 10:56

Há criaturas...

01.10.15

... que têm a extraordinária capacidade de me revolver o estômago logo pela manhã... uma gaja até faz o incrível esforço de acordar bem-disposta, sorri, dá os bons dias, enfim... esforça-se para afastar as nuvens negras que pairam sobre ela, e o que é que acontece? Mal alapo o meu real traseiro na cadeira, ligo o pc e tal, entra pela sala adentro, completamente esbaforida, a colega (a mais querida do meu coração):

"Catarina, trouxeste-me o processo?"

"Calma... sim, está aqui!"

"Ah! É que já estava a ver que tinha que ir a Santarém de propósito buscá-lo!"

"Olha lá! Estás a gozar comigo?! Se eu te tinha dito que trazia, é porque trazia! Estás armada em parva?!"

"Aaaahhhh... como não te mandei o e-mail..."

"Pois, é para veres que não estou amarrada a burocracias! Mas já que falas nisso, ficas já a saber que a partir de agora e por ser para ti, apenas respondo às tuas solicitações quando devidamente formalizadas!"

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publicado às 10:51

Sempre me...

24.09.15

... disseram que a mudança só pode ser uma coisa boa, que devemos lutar sempre contra a resistência à mudança, que não nos devemos acomodar, que devemos ter a coragem de sair da nossa zona de conforto, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... Tretas!!!! Tudo tretas!!! É a conclusão que chego sempre que me dou conta das recentes mudanças aqui na chafarica!!! Eu aceito perfeitamente a mudança, quando esta é para melhor!!! Agora, como posso não lhe resistir se vejo (e até tenho uma mente aberta e uma paciência com largas fronteiras) que as condições que foram, entretanto, criadas apenas complicam a vida da malta?! A burocracia aumentou exponencialmente, uma simples tarefa que até aqui apenas carecia do meu bom senso, competência e aprovação da chefia direta, agora dá sei lá quantas voltas, e demora sei lá quanto tempo... o "sei lá" é o que verdadeiramente me incomoda, esta incerteza, este desnorte, este não saber o que contar... enfim, como eu, está toda a gente com quem troco um "Bom dia, como vai?", "Vai uma merda!" é a resposta mais comum! E vai mesmo!!!

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publicado às 11:22

... e quem me conhece bem pode confirmar que não sou uma pessoa invejosa! Nada mesmo, muito pelo contrário, eu adoro ver quem me rodeia alegre, de bem com a vida, bem dispostos e bem postos! Fujo de gente amarga, dos que não param de se lamentar, dos que choram por tudo e por nada, enfim, dos vulgos "coitadinhos", não tenho a mínima pachorra! Contudo, há aquelas personagens que abusam da sorte que têm na vida e quando estão na mó de cima, cresce-lhes o rei na barriga e destratam todos quantos (acham eles) os que estão "abaixo", não suporto a arrogância e a prepotência de certos colegas, tantas e tantas vezes me apetece esbofeteá-los pela forma como se dirigem e tratam os que estão no nível abaixo da hierarquia! No entanto muitas vezes, as contingências da vida atira-os para fora do poleiro e eu não posso negar que me dá imenso gozo vê-los no meio da "ralé", sem o seu gabinetezinho privado, a ter que partilhar os mesmos espaços com o resto da malta, a "servir cafézinhos"... eh pá, é que gosto mesmo!!!!! Isto não é inveja...

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 É da vida!

 

publicado às 10:39

... o catano da kizombada!!! Nas minhas intensas incursões nos saldos (como diminuí 2 tamanhos, há urgência em renovar o guarda-roupa...) entrei numas 6 lojas, e não é que em 7 ouvia-se a puta da música???!!! A vontade que me deu de sair desvairada... é um enjoo, não se aguenta!!! Sou só eu?! Digam-me!!!

Haja uma alminha caridosa que se lembre de lançar a moda das Mornas Cabo-Verdianas, só para desenjoar... ou não!

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publicado às 09:23


Moi!

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