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... colega que pura e simplesmente não suporto! Felizmente, trabalhamos em departamentos completamente diferentes e as nossas funções não são transversais, mas cruzo-me com ele imensas vezes, vezes demais! Sabem aquele tipo de homem, na casa dos 50/60 anos, completamente inoportuno, sem qualquer tipo de noção, chato comó caraças, enfim, uma criança de infantário num corpo de velho babaca? Ele é assim mas em mau e eu já cheguei ao ponto de me esconder se vejo que os nossos caminhos se vão cruzar, ou volto para trás e, às vezes, apresso o passo para desaparecer o mais rapidamente possível! Uma canseira... ontem não tive hipótese alguma de escapar, lá estava eu, tranquilamente a ganhar coragem para mais umas horas enquanto bebia um café e fumava um cigarrinho a seguir ao almoço, quando a criatura se colocou, de repente e saído sei lá eu de onde, à minha frente - "Então, Catarina? Tudo bem?" - juro que o revirar de olhos foi mais forte do que eu e o estúpido nem topou, continuou com a conversa de chacha e eu tive que tragar num gole o resto do café, apagar o cigarro a meio e fugir apressadamente para dentro do edifício - "sim, sim, claro, claro, pois, pois..." - aaaaarrrrghhh!!!!!
... desesperado! Por favor, alguém que me ajude a entender a pancada sem tamanho do Escarumba dum Raio, suplico-vos, amantes de gatos, veterinários, domadores de feras, tratadores do zoo, médiuns, espíritas, alguma alminha que saiba explicar o que impele o Cabrão do Preto a fazer esta linda obra de arte no meu presuntinho de Chaves...
... ele não faz isto aos homens cá da casa, nem à senhora que cá vem fazer as limpezas, nem aos vizinhos, nem às visitas, nem ao senhor da Meo, do gás, da luz e do caralho mais velho, não! É só comigo!!!!! Eh pá, estou a menos de nada de lhe dar um redbull e atirá-lo janela fora!!!!
... a minha posição em relação ao novo Acordo Ortográfico, enquanto estudante que fui (e que continuo a ser) da Língua Portuguesa não sou contra só porque a maioria é contra e porque parece que está na moda ser-se contra, pelo contrário, procuro inteirar-me de todas as mudanças previstas e tento entender a razão que está por detrás de cada uma. Não posso, no entanto, concordar com todas elas, umas fazem sentido, outras nem por isso, mas continuo a achar que, no geral, o novo AO não é mau, nem desprestigia a História da Língua Portuguesa, mas no particular, precisa de uns acertos. Agora, o que eu realmente gostava era de ver os acérrimos opositores do novo AO a terem a mesma atitude contra o uso cada vez maior de estrangeirismos, com maior expressão no meio empresarial português. Os chefes da chafarica-mor têm uma especial adoração pela introdução de anglicismos nos seus discursos, tal Dâmasos Salcedes, é vê-los a encher a boca de "briefings", "forecastings", "brainstormings", "time lines", "dead lines", "outsourcings" e outras coisas terminadas em "ings" e "áines"... eh pá... isso não é "chic" a valer, isso é irritante a valer!!!!
O Português que é riquíssimo tem palavras e expressões para tudo isso e um par de botas, qual é a necessidade?!?!
Era uma toalhing molhated nas trombations...
... estive mais de um ano sem dirigir palavra a um colega de faculdade, do qual fui grande amiga, durante o curso!
Apesar de ser dona de uma personalidade forte, não sou daquele tipo de pessoa que por ter essa característica acha que pode disparar tudo o que lhe passa pela cabeça, doa a quem doer. Sou mais de evitar conflitos e quantas vezes fecho a minha matraca só para não me chatear com A ou B ou quando me magoo com algo ou alguém sou do tipo "incha, desincha e passa", inclusivamente, já várias pessoas me disseram que tenho perfil diplomático e que daria uma excelente Ministra dos Negócios Estrangeiros (acho que vou mandar currículo para S. Bento...).
Frequentava a minha licenciatura e tinha especial adoração por um colega de curso, mas nada de paixonetas, ele também tinha uma personalidade que me cativava deveras: inteligente, culto, sarcástico, partilhávamos os mesmos gostos e interesses, humor muito semelhante ao meu, riamos e fazíamos rir a bandeiras despregadas, bastava uma troca de olhares para percebermos imediatamente o que se passava na cabeça um do outro, enfim, uma relação de amizade perfeita!
Numa noite de copos, discordámos numa treta qualquer sem jeito nenhum, começámos a esgrimir argumentos e dali até desatarmos aos berros um com o outro foi uma questão de minutos. Nenhum de nós cedia, entrámos numa de medir forças e assim deixámos de nos falar. O que é caricato nesta situação? É que apesar de não trocarmos palavra, tinhamos exatamente as mesmas rotinas, sempre dentro do grupo de amigos, estudávamos juntos, íamos almoçar juntos, às vezes calhava sentarmo-nos lado a lado na sala de aula, jogávamos à sueca no bar da faculdade (não como equipa mas um contra o outro), saíamos à noite para os mesmos sítios, enfim, tudo igual ao que fazíamos antes da zanga só que ignoravamo-nos mutuamente, como se fossemos invisíveis! Houve até um episódio durante uma noite da Queima das Fitas, em que já muito bem bebidos, eu fazia as minhas palhaçadas habituais e ele agarrado à barriga de tanto rir... enfim, infantilidades...
Passado pouco mais de um ano, enterrámos o machado de guerra. Foi no meu aniversário, combinei com o grupo sair para os copos, contudo obviamente não convidei a criatura. No entanto, ele apareceu no bar onde estávamos com um ramo de flores e, sem pedir desculpas, apenas me desejou um feliz aniversário, beijando-me... pronto, atirei-me para os seus braços e num abraço apertado disse-lhe que também tinha imensas saudades dele, num instante o resto da malta juntou-se ao abraço, e isso... isso foi lindo de se ver!
...acho até que nunca aconteceu desta maneira! Mas este ano o espírito natalício desceu mais cedo sobre a Quarentona!
Ai... o fim da crise política, da crise financeira, da crise da Tap, da crise dos refugiados, da crise das carnes processadas, das crises existenciais... enfim, um Natal perfeito!!!!
... assustei um professor universitário, ao ponto de dar dois passos para trás com medo eu lhe fosse ao focinho!
Era professor de uma cadeira semestral do meu curso de pós-graduação, e em fevereiro consegui tirar 2 horinhas do meu Serviço para ir assistir à sua última aula antes do exame final. Galo do caraças, não consegui chegar a tempo e quando bati na porta para entrar, já a aula ía a velocidade cruzeiro. Como nunca me tinha visto na vida, perguntou se eu não estaria enganada, ao que respondi que não. Mandou-me entrar e sentar junto de alguém que tivesse o seu manual, uma vez que eu não o possuía... a dada altura perguntou se era a primeira vez que eu assistia a uma aula dele, a minha resposta pronta com a minha habitual descontração e estupidez natural: "Sim, é a primeira e a última!", por esta altura já toda a turma se esforçava para abafar o riso... "Então o que vem cá fazer?" perguntou, "Venho assistir à última aula antes do exame, onde normalmente se tiram dúvidas...", "vai a exame?", "sim, vou!", do alto do seu catedratismo, olhou-me de cima a baixo e disse "Pode ir a exame, duvido é que passe!"
E assim foi, presenteou-me com um redondíssimo 6! Eu tinha a perfeita noção que o que eu tinha feito no exame estava muito longe do 6, falei com a minha chefe e pedi-lhe que me deixasse ir falar com ele naquela tarde. Estava a fazer orais, sentei-me à porta da sala e esperei que o último examinado saísse para entrar de rompante pela sala adentro... bem... o homem olhou para mim, deu dois passos atrás e gaguejou:
"O que vem cá fazer? Tem oral?"
"O senhor sabe perfeitamente que 6 não é nota para ser defendida na oral! Venho ver a minha prova, se faz favor!"
"Aaaahhh... não pode!"
"Como assim, não posso?"
"Está nos estatutos..."
"Olhe, eu não vou discutir isso consigo, até porque desconheço os estatutos, mas venho dizer-lhe que vou candidatar-me ao exame de setembro, e quero que me dê o seu contacto para que possa tirar algumas dúvidas antes do exame!"
E em setembro, por obra e graça do Espírito Santo talvez, apareceu a nota 15 na pauta!
... que têm a extraordinária capacidade de me revolver o estômago logo pela manhã... uma gaja até faz o incrível esforço de acordar bem-disposta, sorri, dá os bons dias, enfim... esforça-se para afastar as nuvens negras que pairam sobre ela, e o que é que acontece? Mal alapo o meu real traseiro na cadeira, ligo o pc e tal, entra pela sala adentro, completamente esbaforida, a colega (a mais querida do meu coração):
"Catarina, trouxeste-me o processo?"
"Calma... sim, está aqui!"
"Ah! É que já estava a ver que tinha que ir a Santarém de propósito buscá-lo!"
"Olha lá! Estás a gozar comigo?! Se eu te tinha dito que trazia, é porque trazia! Estás armada em parva?!"
"Aaaahhhh... como não te mandei o e-mail..."
"Pois, é para veres que não estou amarrada a burocracias! Mas já que falas nisso, ficas já a saber que a partir de agora e por ser para ti, apenas respondo às tuas solicitações quando devidamente formalizadas!"
... disseram que a mudança só pode ser uma coisa boa, que devemos lutar sempre contra a resistência à mudança, que não nos devemos acomodar, que devemos ter a coragem de sair da nossa zona de conforto, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá... Tretas!!!! Tudo tretas!!! É a conclusão que chego sempre que me dou conta das recentes mudanças aqui na chafarica!!! Eu aceito perfeitamente a mudança, quando esta é para melhor!!! Agora, como posso não lhe resistir se vejo (e até tenho uma mente aberta e uma paciência com largas fronteiras) que as condições que foram, entretanto, criadas apenas complicam a vida da malta?! A burocracia aumentou exponencialmente, uma simples tarefa que até aqui apenas carecia do meu bom senso, competência e aprovação da chefia direta, agora dá sei lá quantas voltas, e demora sei lá quanto tempo... o "sei lá" é o que verdadeiramente me incomoda, esta incerteza, este desnorte, este não saber o que contar... enfim, como eu, está toda a gente com quem troco um "Bom dia, como vai?", "Vai uma merda!" é a resposta mais comum! E vai mesmo!!!
... e quem me conhece bem pode confirmar que não sou uma pessoa invejosa! Nada mesmo, muito pelo contrário, eu adoro ver quem me rodeia alegre, de bem com a vida, bem dispostos e bem postos! Fujo de gente amarga, dos que não param de se lamentar, dos que choram por tudo e por nada, enfim, dos vulgos "coitadinhos", não tenho a mínima pachorra! Contudo, há aquelas personagens que abusam da sorte que têm na vida e quando estão na mó de cima, cresce-lhes o rei na barriga e destratam todos quantos (acham eles) os que estão "abaixo", não suporto a arrogância e a prepotência de certos colegas, tantas e tantas vezes me apetece esbofeteá-los pela forma como se dirigem e tratam os que estão no nível abaixo da hierarquia! No entanto muitas vezes, as contingências da vida atira-os para fora do poleiro e eu não posso negar que me dá imenso gozo vê-los no meio da "ralé", sem o seu gabinetezinho privado, a ter que partilhar os mesmos espaços com o resto da malta, a "servir cafézinhos"... eh pá, é que gosto mesmo!!!!! Isto não é inveja...
É da vida!
... o catano da kizombada!!! Nas minhas intensas incursões nos saldos (como diminuí 2 tamanhos, há urgência em renovar o guarda-roupa...) entrei numas 6 lojas, e não é que em 7 ouvia-se a puta da música???!!! A vontade que me deu de sair desvairada... é um enjoo, não se aguenta!!! Sou só eu?! Digam-me!!!
Haja uma alminha caridosa que se lembre de lançar a moda das Mornas Cabo-Verdianas, só para desenjoar... ou não!