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... das escolas públicas versus escolas privadas, estou com um enorme dilema. Se por um lado concordo em absoluto com o ideal que está por detrás da decisão deste governo, por outro lado afeta-me diretamente, e quando isso acontece, é-me oferecida uma visão diferente dos conceitos que tinha como adquiridos! E antes que me caiam em cima, devo dizer que sempre estudei em escolas públicas, sobrevivi e gostei, nada tenho contra o ensino público, quando o mesmo é de qualidade, mas já lá vamos! Isto é como tudo, normalmente, toda a gente concorda com o princípio do "utilizador/pagador", se queres melhores Serviços, paga! Acho muito bem, seja no ensino, seja na saúde, seja nas estradas, seja no que for. Mas, sendo contribuinte (e não é pouco, desconto como se fosse a milionária que na realidade e infelizmente não sou) gostaria de poder escolher a escola pública onde quero matricular o meu filho, da mesma forma que escolho o hospital público onde me vou tratar e a estrada pública por onde circulo (todos sabemos que dentro do que é público e até do que é privado, umas coisas são melhores do que outras). Ora, no caso do ensino, a coisa é ligeiramente diferente, sou praticamente obrigada a matricular o meu filho na escola do agrupamento que está ligado à minha área de residência, acontece que a escola em questão é tão só a pior escola da cidade, aquela que ninguém quer, a mesma que quando eu própria acabei o ensino básico, nem sequer entrou na lista de opções dos meus pais! Li num jornal nacional que essa mesma escola foi dada como exemplo para esta decisão governativa, por a mesma se encontrar praticamente vazia... eu penso que antes de apontar as culpas do seu esvaziamento às escolas privadas, devia-se procurar entender as razões que estão por detrás dessa escola ser desde sempre preterida pelos pais, ver se há soluções que resolvam os problemas a ela associados e se ainda assim ela continuar a não ser escolha, feche-se! De que serve um serviço do Estado se a ele ninguém quer recorrer? O problema não está em ser uma escola do Estado quando sabemos que são imensas as escolas públicas da cidade que estão sobrelotadas e onde é praticamente impossível fazer uma matrícula sem a imprescindível "cunha" e a famosíssima manobra chico-esperta da morada fictícia... acho que vale a pena pensar nisto...