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Ilustração - Celia Calle


Considero-me...

28.03.18

... uma gaja com alguma inteligência, não tanta quanto desejaria, mas alguma. No entanto, sou uma sumidade da burrice quando o assunto é orientação. Se alguém quiser ver-se livre de mim, é só levar-me para o centro de uma cidade onde nunca tenha estado, onde ninguém fale qualquer língua que eu entenda, sem dinheiro e sem telemóvel, é certinho que nunca mais encontrarei o caminho para voltar. Ora, na semana passada tive mais uma aventura ao volante em Lisboa e mais uma vez, um trajeto em que deveria demorar pouco mais de 10 minutos, levei quase uma hora... o objetivo era ir de Alcântara até ao Estádio José de Alvalade. Como sou alérgica ao GPS, procuro guiar-me pelas placas de orientação (ajuda imenso o facto de ainda conseguir ver muito bem ao longe) e estudo previamente no Google Maps o melhor trajeto para chegar ao meu destino, ainda que muitas vezes fique a olhar para aquilo como um burro para um palácio. De Alcântara até ao Eixo Norte-Sul foi como limpar o cu a meninos, pronto... confesso, faço esse trajeto todas as semanas para voltar para casa. O pior foi depois, sair do Eixo para ir para Campo Grande foi, de facto uma odisseia, desde perder a saída e sair para Entrecampos, ter ido dar uma volta pelo campus universitário e, sem saber como, retomar o Eixo Norte-Sul, atrás da saída para Campo Grande. Ora lá fui outra vez, desta vez com mais atenção... acertei na saída devida e consegui passar por baixo da 2.ª Circular mesmo em frente ao Estádio, mas o Estádio era apenas um ponto de referência porque não era para lá que eu queria ir... depois de duas voltas inteiras em que quase pude contar os azulejos que decoram o ninho dos verduscos, entrei numa zona residencial onde só ia dar a becos sem saída. O que me valeu é que, apesar da minha desorientação natural, nunca me desnorteei, olhei para o mostrador do combustível e como vi que tinha o suficiente para andar às voltas a noite inteira, não paniquei e ainda cheguei a horas de jantar à casa dos meus amigos que me aguardavam.

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publicado às 07:47


20 comentários

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De Pequeno caso sério a 28.03.2018 às 19:06

Confissão número um - nunca conduzi em Lisboa.

Confissão número dois- quando vamos a Lisboa, quem conduz é o marido mas quem diz para onde tem de ir/virar sou eu.

Confissão número três - engano - me mais quando utilizo o GPS . Acabo invariavelmente por chamar puta à senhora que fala e fazer tudo como eu acho que é.

Moral da história :
Sim. Não bato bem da corneta...mas a esta altura do campeonato isso já não é novidade para ninguém.
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De Quarentona a 28.03.2018 às 21:13

Ando cá desconfiada que somos da mesma família... eu conduzo em Lisboa porque não tenho ninguém que conduza por mim.

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